Olá queridos amigos!!!
Meu nome é Rosemere, tenho 25 anos e estou no 10º período ( e espero que seja o último rs) do curso de Pedagogia na Uerj. Moro com meus pais e atualmente trabalhava de telemarketing, mas resolvir sair hoje para poder concluir minha graduação, fazer a monografia ( que desespero já está perto de apresentar e nem consegui fazer o primeiro capítulo e só faltam dois meses! rs) e me dedicar as matérias acadêmicas. Foi difícil tomar esta decisão... mesmo com dificuldades financeiras que sei que vou passar, dei prioridade à minha formação, já que esta será minha profissão então que seja feita com dedicação. Sempre fui uma aluna aplicada e esforçada mesmo estudando em colégio público ( que todos sabemos da precariedade neste sistema) resolvi fazer vestibular para biologia. Estudava em casa sozinha e fiz prova para Uerj, mas não passei. Desisti da área de saúde por não se encaixar no meu perfil. Decidi entrar num cursinho em Nova Iguaçu foi aí que conheci a minha amiga Gigi, estudamos juntas e decidimos optar por Pedagogia porque como todos sabem exige menor pontuação. No meu caso escolhi esta profissão por conhecer uma amiga que já lecionava por muitos anos e ela me relatou suas experiências que me deixou encantada e fez com que eu escolhece a pedagogia, na verdade acho que já está no sangue (rs), porque minhas tias e minha avó eram professoras! Sou a primeira pessoa da família a ter uma graduação, o que me deixa muito feliz por saber que pessoas de origem humilde podem ter a esperança de está na universidade é só preciso ter força e oportunidade! Que dificuldade foi iniciar e permanecer na faculdade. Ficava duas horas dentro de um ônibus para chegar em Caxias e voltar para casa em Nova Iguaçu, como entrei por cotas recebia a bolsa auxílio que não dava pra pagar a passagem no mês... mas como era por um ano perdir. Tentei bolsa de estágio interno e consegui, renovei e perdi. Aí bateu o desespero! Como iria parar a faculdade na metade? Fui chamada para participar de um projeto do município de Nova Iguaçu chamado " Escola Aberta" que era aberto à comunidade escolar e à local do bairro. Este projeto funcionava nos finais de semana e havia reforço escolar, a prefeitura concedia uma bolsa auxílio para os alunos cotistas da Uerj que residiam no mesmo município, desde que fizessemos ações voluntárias nas escolas de 20 horas mensais. Topei e encarei uma sala cheia de crianças com suas dificuldades de aprendizagem, problemas pessoais, afetivos, uma turma heterogênea de crianças de diferentes idades (de 6 a 14 anos), tive que juntar a teoria que aprendia na faculdade com a prática e adaptar as atividades e contextualizar, para que todos quisessem ficar na escola no sábado de manhã. Fiquei uns 3 anos neste projeto, adquiri experiências significativas para minha formação docente. Depois, uma de minhas amigas me chamou para participar de um grupo de pesquisa que tem uma visão diferente de formação de professores, os textos de Freud e Lacan, entre outros, foram me cativando e entrei de cabeça no grupo. A universidade abriu meus horizontes, me fez ser uma pessoa mais crítica, comunicativa... o grupo de pesquisa onde fui bolsista e que ainda participo do professor Henrique Sobreira me auxiliou e ainda me ajuda na construção da minha tese. Agora está lançado mais um desafio, a construção desse blog proposto pelo professor Ivanildo como uma experiência inovadora para nossa formação, pois estamos vivenciando na prática uma forma diferente da atual de avaliação, que irá nortear e transformar nossa prática pedagógica. Claro que não será uma tarefa fácil, já que estamos adaptados ao atual sistema avaliativo de notas, provas, relatórios... porém será importante para modificarmos nosso olhar com relação ao processo avaliativo vigente e as novas práticas de ensino-aprendizagem utilizando o nosso cotidiano, que é a tecnologia!
Um grande abraço, beijusss!!!
Ass: Rosemere